By Luis Ferrer Jornalista e Relações Públicas Mírian Vieira faz uma série de atividades para as empresas comemorarem com suas colaboradoras
A Jornalista e Relações Públicas Mírian Vieira vem fazendo ao longo dos anos trabalhos sociais de empoderamento feminino em vários projetos e movimentos sociais de mulheres. Agora, ela estende esse trabalho para as empresas neste mês de referência ao Dia Internacional da Mulher.
”Realizar, no ambiente de trabalho, atividades para celebrar datas comemorativas é essencial para o engajamento e o sentimento de pertencimento dos colaboradores. Tal como o Outubro Rosa, o Novembro Azul e o Dezembro Vermelho, o Dia Internacional da Mulher é um convite para fortalecer o relacionamento entre empresas e profissionais. E celebrar o Dia Internacional da Mulher mostra que a empresa valoriza o papel da mulher na organização empresarial”, diz a Jornalista.
As atividades de comemoração são variadas e dependem de cada empresa. Vão de rodas de conversas sobre empoderamento feminino até dicas profissionais e de saúde especificas para mulheres no ambiente de trabalho.
Para Mírian Vieira, as empresas precisam valorizar suas colaboradoras que na realidade tem dois turnos de trabalho: empresa e cuidar da casa e filhos. “E o maior problema em relação a mulher que trabalha neste século é a Igualdade Salarial e a violência psicológica”, enfatiza.
Quem não se lembra do protesto da jogadora de futebol Marta na Copa do Mundo de Futebol Feminino que aconteceu em 2019, na França? No mesmo jogo, em que se consagrou a única jogadora de futebol do mundo a marcar gols em 5 mundiais, o que mais chamou a atenção foi seu protesto na comemoração. Na chuteira, em lugar de um patrocínio, um símbolo pela equidade de gênero no esporte.
“As empresas precisam valorizar suas colaboradoras que na realidade tem dois turnos de trabalho: empresa e cuidar da casa e filhos. “E o maior problema em relação a mulher que trabalha neste século é a Igualdade Salarial e a violência psicológica”
Mírian Vieira
Ela, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, maior artilheira em Mundiais entre homens e mulheres, maior artilheira da Seleção Brasileira entre homens e mulheres, recusou o patrocínio porque o valor estava muito abaixo do que é praticado para atletas do mesmo nível do sexo masculino. Se, com tantos feitos e visibilidade, a Marta precisou se manifestar e dar um basta, imagine o quanto de mulheres não recebem salários inferiores que seus colegas que exercem a mesma função? É uma luta no mercado de trabalho que, infelizmente, precisa seguir firme.
Outro ponto muito importante é a violência psicológica contra as mulheres no ambiente de trabalho. A violência psicológica no ambiente de trabalho são ações que ferem ou afetam a autoestima de alguém. Não só insultos diretos, mas também piadas, insinuações, fofocas, além de todas as situações que levem a exclusão social do colaborador em seu ambiente de trabalho. Cada vez que alguém dá a entender, direta ou indiretamente, que o outro não é qualificado ou competente para exercer suas funções, está cometendo violência psicológica. Não oferecer condições para que os colaboradores cumpram suas tarefas, fornecer informações incorretas, incompletas e induzir ao erro, também é classificado como tal.