A proclamação do resultado da votação para Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes (RJ), foi anulada pelo presidente Fábio Ribeiro (PSD), na última quarta-feira (16), durante sessão ordinária. Entre as alegações, uma é pelo menos curiosa, um dos mais antigos parlamentares da Casa, Nildo Cardoso (PSL), deixou de votar, só que o resultado divulgado foi favorável a Marquinhos Bacellar (SD), que acabou ganhando de Ribeiro por 13 votos a 12. Porém como Cardoso não votou, a disputa teria terminado empatada em 12 a 12.
A decisão do presidente dá provimento a dois requerimentos administrativos protocolados no Legislativo, um assinado por Juninho Virgílio (PROS) e outro de autoria dos vereadores Thiago Rangel (PROS), Bruno Pezão (PL), Pastor Marcos Elias (PSC), Dandinho de Rio Preto (PSD) e Kassiano Tavares (PSD). De acordo com o presidente, a decisão tem como base os artigos 225 e 227 do Regimento Interno. Após o comunicado, houve tumulto e a sessão foi encerrada.
O requerimento apresentado por Virgílio, segundo nota publicada no site da Câmara Municipal, é “baseado no princípio da publicidade e o dos vereadores baseado na não votação do vereador Nildo Cardoso (PSL)”. “Informo aos senhores que dou provimento parcial dos requerimentos, suspendendo a eleição e anulando a proclamação do resultado de ontem (terça-feira – 15). Informando que os dois estão na Procuradoria para posterior apreciação do mérito”, disse o presidente Fábio Ribeiro na nota.
Nota de Repúdio
Em sua página nas redes sociais, Marquinhos Bacellar publicou nota de repúdio. Ele classificou como jogo sujo a decisão de anular a proclamação do resultado da votação. “Um dia após a nossa vitória por 13 votos a 12, o presidente da Câmara, derrotado no voto, fez o que esse grupo sempre faz quando perde: manobra, jogo sujo, armação. Tentaram de todas as formas anular a decisão da maioriaem uma eleição que eles anteciparam. Isso é birra e jogo de cenade quem sabe que perdeu. É aquele chororô de sempre que o povo de Campos conhece. Vencemos no voto e o resultado foi proclamado e amplamente divulgado” diz o vereador em um trecho da nota.
Marquinho Bacellar é irmão do Secretário Estadual de Governo, o deputado estadual Rodrigo Bacellar. A família Bacellar é adversária política da família Garotinho. Nas redes sociais, o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, comentou que o custo para eleger Bacellar foi “grande” e que “houve até ameaça de operação da Polícia Civil contra um vereador”.
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